Post 2: Menino ou menina

Hoje vamos falar sobre a expectativa e os sentimentos que envolvem a descoberta do sexo do bebê, do ponto de vista do Papai, é claro. Vamos focar aqui nos Pais de primeira viagem, que estão experimentando o turbilhão de sentimentos e expectativas da paternidade pela primeira vez.

Primeiramente, é fato que todos os Papais têm uma preferência intrínseca por um ou pelo outro sexo, isto é da natureza masculina, nós temos sim preferências... Porém definitivamente não há unanimidade entre estas escolhas, ou seja, há pais que preferem meninos e há pais que preferem meninas.

Empiricamente, na sociedade brasileira há uma prevalência um pouco maior por parte dos pais pela preferência por meninos, principalmente na primeira gestação. Acredito que isto se dê pelos resquícios de uma maior valorização dos homens na sociedade machista de outros tempos e pela própria auto-identificação dos pais com as brincadeiras, os desafios e a forma de encarar a vida dos meninos. Mas claro, isto pode variar bastante de Pai pra Pai.

A minha experiência foi bastante interessante, como eu vim de uma família onde a proporção de homens era maior que de mulheres (ao menos na minha geração), eu tinha inicialmente a preferência por ter uma filha menina. Apesar de não expor claramente este meu desejo, minha esposa o conhecia. Então no início da gravidez, nós fantasiamos, com explicações pouco racionais, que havia uma maior probabilidade que nosso bebê fosse uma menina. E assim passei a acreditar nisso como uma verdade...

Após alguns dias e a decisão (dela) de realizar o exame sanguíneo (hoje é possível descobrir o sexo da criança super rápido através de exame sanguíneo específico) veio a notícia (com 99,99% de chance de acerto): Seria um Menino.

Confesso que num primeiro momento a notícia foi impactante, pois de alguma forma eu já estava acreditando que seria uma menina e até aquele momento era meu desejo primário...E este sentimento de frustração perdurou por algum tempo (até porque antes do bebê nascer, o Pai não se sente realmente Pai, é um sentimento estranho, pois apesar de saber que já o é, o bebê ainda não existe de fato) e me trouxe algumas angústias momentâneas...

Mas o tempo e também a mente humana são capazes de coisas incríveis. De alguma forma, e totalmente involuntariamente, meus pensamentos foram mudando minhas expectativas, meus desejos e minha forma de encarar a realidade de ser pai de menino.

Como que a partir de um instinto de "perpetuação da espécie" minha mente passou a enxergar as vantagens e os prazeres de se ter um filho homem a ponto de no dia do nascimento do B eu já estar completamente convencido (por mim mesmo) de que, para mim e para a minha família, ter um filho homem era muito mais vantajoso.

E ao materializar-se naquele menino, o sentimento de identificação, cuidado, descobertas de semelhanças e afinidades naturais só aumentava, de forma a parecer sem sentido o fato de que algum dia no passado eu havia preferido ter uma menina... Afinal, o que poderia ser melhor do que ser o Papai de um meninão?

Hoje posso dizer que esta sensação se concretizou de tal maneira, que a questão de "como teria sido se" simplesmente não existe. Eu prefiro o meu menino e ponto! Não havia como ser melhor...

Bem, pra finalizar, convido vocês a escreverem suas opiniões e dividirem suas experiências sobre o assunto nos comentários...

Até breve.

LF

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