Post 5: As Primeiras Interações do Bebê

 

Hoje vamos abordar um dos assuntos mais prazerosos e esperados pelos Papais de plantão, as As Primeiras Interações do Bebê...

Primeiramente, é preciso pontuar que a primeira reação dos Papais com os recém-nascidos pode vir com um certo tom de frustração. Afinal, nos 9 meses anteriores, todos os tipos de fantasias e expectativas foram imaginadas, desde as brincadeiras de boneca e carrinho, passando pelas gargalhadas típicas dos propagandas na TV, até a companhia fiel em shoppings e estádios. E quando aquele pequeno bebê, finalmente, resolve nascer, ele simplesmente passa as primeiras semanas de vida dentro do seu "mundinho mágico", sem demonstrar muitas interações e imprimindo um ritmo de vida totalmente diferente à sua nova família.

Este primeiro impacto é recebido diferentemente por cada Papai:

- Há os que se deixam derreter de qualquer forma em função do encantamento daquela sensação gostosa de ser Pai.
- Há aqueles que, de certa forma, se ressentem desses primeiros momentos de pouca interatividade (apesar de raramente exporem esse sentimento concretamente), mas insistem e encaram o presente "difícil" em nome do futuro "colorido".
- Mas, também existem os Pais que se assustam com as mudanças e a pouca receptividade inicial da criança e tendem a se afastar da nobre missão de participar ativamente de todos os momentos (inclusive os primeiros) da criação do filho.

Os Papais dos dois primeiros casos já estão psicologicamente comprometidos com a "causa" e, a essa altura, já são capazes de desfrutar dos prazeres da paternidade. Entretanto os últimos ainda precisam daquele "estalo" para não deixarem passar essa oportunidade única de vivenciar plenamente a experiência da paternidade. E para tal, é preciso que se entenda as primeiras etapas do desenvolvimento afetivo dos pequenos.

Então vamos lá, os três primeiros meses realmente são os mais desafiadores (recomendo a leitura de https://agorapai.blogspot.com/2021/02/post-4-os-tres-primeiros-meses.html), pois a criança pode estar sofrendo fisiologicamente com a adaptação à sua nova vida e seu nível de contato com o ambiente que o cerca pode ser mínimo. Portanto, a palavra que se aplica nessa primeira fase é "paciência". Esse tempo pode (e deve) ser usado para o estreitamente da relação entre o Papai e bebê, nessa ordem, porque o contrário ainda não é possível.

A partir do quarto mês, as coisas começam a se modificar, o pequeno se transforma fisicamente, ganhando peso, mais cabelo, e começa a se abrir para o mundo externo. É nessa hora que surgem os primeiros sorrisos e reações aos carinhos e ao contato. Para aqueles que ainda não vivenciaram a experiência, a palavra que melhor descreve a sensação de receber os primeiros sorrisos de seu bebê é "magia". Uma sensação boa que emerge do coração e acaba presa na garganta. A realização é completa.

Em seguida, a criança começa a se desenvolver rápida e lindamente. Descobre seu próprio corpinho, suas mãos, seus pés, barriguinha, etc. Inicia os primeiros movimentos corporais mais complexos e esboça as primeiras tentativas de se assentar. Pega objetos e já se encanta com brinquedos que emitem sons e luzes. E claro, fica cada vez mais receptiva às brincadeiras e interações dos Papais.

Por volta dos 10 meses, o bebê já está tão desenvolvido que naturalmente começa a se movimentar com alguma autonomia. Alguns começam a se arrastar pelo chão, outros são capazes de engatinhar e há alguns que já se arriscam nos primeiros passinhos. É outra fase muito rica e cheia de recompensas. Nesse momento ele já reconhece os Pais, já se arrisca nas primeiras sílabas e, de certa forma, se dá conta que seu mundo ganhou novos limites, antes inimagináveis...

Finalmente, chega-se a um marco importante. Já é perceptível que o pequeno está para encerrar seu primeiro ciclo de desenvolvimento. A qualquer momento ele simplesmente deixará de ser um bebê para se tornar uma bela criança. Aí você se dá conta de tudo o que aconteceu...

Surge um pingo de nostalgia e uma saudade gostosa dos momentos que viveram juntos. Mas surge também uma sensação boa de dever cumprido, pois afinal você foi sim capaz de participar, dividir e saborear os desafios e as alegrias da primeira etapa da vida do seu filho... E, com certeza, valeu muito a pena.

O melhor é que isto é só o início de tudo aquilo que ainda está por vir...

Até a próxima.

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